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Com investimento de R$ 150 milhões, nova planta industrial do laboratório nasce produzindo seis insumos estratégicos para o tratamento do câncer

 

 

O Laboratório Cristália inaugurou, nesta terça-feira, 6 de agosto, a planta Farmoquímica Oncológica. A nova unidade industrial do laboratório, instalada no Complexo Industrial para a Saúde, em Itapira (SP), nasce produzindo seis diferentes Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs) de Alta Potência, que serão utilizados para a produção de medicamentos para o tratamento de adenomas, câncer de mama, pulmão, medula, ossos e cérebro. A cerimônia de inauguração foi realizada no Complexo Industrial do Cristália, em Itapira (SP), e contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro e demais autoridades.

 

Para esta nova conquista, a empresa investiu cerca de R$ 150 milhões com recursos próprios na construção de uma planta produtiva com mais de 3 mil metros quadrados. “O Brasil hoje importa 100% dos insumos para a produção de medicamentos contra o câncer. Isso não apenas torna o País dependente de insumos tão estratégicos, como reduz o acesso dos pacientes a tratamentos de ponta. A Farmoquímica Oncológica Cristália é um grande passo para mudar esta realidade, define Dr. Ogari de Castro Pacheco, cofundador do laboratório.

 

O Cristália já conta com uma planta Farmacêutica Oncológica, que produz o medicamento final que chega a pacientes e hospitais. Mas, para a produção desses medicamentos, era obrigado a importar os IFAs. A Farmoquímica Oncológica ficará responsável por fornecer para a unidade farmacêutica os seguintes IFAs: Ácido Zoledrônico, para inibição da reabsorção óssea osteoclática do tumor; Bortezomibe, indicado para o tratamento de mieloma múltiplo; Cabergolina, para o tratamento de adenomas hipofisários secretores de prolactina e hiperprolactinemia idiopática; Anastrozol, para o tratamento do câncer de mama em mulheres pós-menopáusica; Pemetrexede, para o tratamento de mesotelioma pleural e câncer de pulmão; e Temozolomida, utilizado no tratamento de cânceres cerebrais e para o glioblastoma multiforme.

 

Pioneirismo em Farmoquímica

Líder em pesquisa e desenvolvimento, o Cristália investe cerca de 4% do faturamento anual na criação de novos medicamentos ou tecnologias inovadoras para a saúde. A trajetória do laboratório no segmento Farmoquímico começou em 1983, ano em que foi inaugurada a primeira unidade de produção de IFAs. “O Brasil ainda importa 90% dos IFAs necessários à produção de medicamentos. Nós, do Cristália, já produzimos mais da metade dos insumos que utilizamos. Nossa meta é reduzir drasticamente nossa dependência nesta área”, afirma Dr. Pacheco, ressaltando que a Farmoquimica Oncológica tem planos, inclusive, de exportar estes insumos.

 

A inauguração da nova planta envolveu intenso trabalho de pesquisa para a escolha das tecnologias mais modernas, seguras e sustentáveis, utilizando equipamentos especiais, adquiridos, em sua maioria, na Alemanha, Suíça e Itália. Devido à alta toxicidade e à sensibilidade dos insumos oncológicos, a manipulação deve ser realizada em ambiente especial que assegure uma barreira física entre os operadores e o processo.

 

Todo o ambiente é controlado, garantindo extrema pureza da água, ar e com temperatura adequada. A planta também dispõe de um sofisticado e inovador sistema de tratamento de resíduos, com degradação específica dos componentes mutagênicos e genotóxicos, que podem causar mutação ou dano ao DNA celular. A capacidade produtiva é de 6 a 8 toneladas por ano.

 

Déficit da Balança Comercial

Dr. Ogari Pacheco ressalta que o Brasil precisa fazer um grande esforço em busca da redução da dependência na produção de IFAs e medicamentos. De acordo com dados da ABIQUIFI (Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos), em 2018 o país importou cerca de US$ 10 bilhões em medicamentos e insumos farmacêuticos e exportou apenas US$ 1,8 bilhões, o que resultou em déficit de US$ 8,2 bilhões.

 

“Precisamos deixar de ser apenas um exportador de commodities para passar a exportar produtos de alta tecnologia e valor agregado. E, para isso, é preciso investir em pesquisa científica”, explica Dr. Pacheco. O cofundador do Cristália lembra ainda que, recentemente, grandes grupos farmacêuticos internacionais anunciaram que deixarão de produzir medicamentos no país, passando apenas a importar, o que poderá aprofundar o déficit da Balança Comercial.

É importante ressaltar que, no Complexo Industrial para a Saúde do Cristália, já estão instaladas: duas plantas Farmacêuticas, uma Farmacêutica Oncológica, uma Farmoquímica e duas plantas de Biotecnologia, todas produzindo insumos farmacêuticos e medicamentos. O complexo conta também com um centro inteiramente dedicado a Pesquisa & Inovação.

 

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